Empresas e entidades apontam bons motivos para projetar uma Fimec de grandes negócios


A 45ª edição da Fimec será realizada de 8 a 10 de março, nos pavilhões da Fenac

Voltamos no tempo. Estamos às 20 horas de 12 de março de 2020.

 

No relógio, se encerrava oficialmente a 44ª Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes).

 

Já com protocolos sanitários e sem receber a visita de chineses e europeus, a feira foi realizada dentro das possibilidades e com os negócios possíveis de serem realizados.

 

Então, a pandemia veio. E o mundo freou, travou.

No ano passado, Houve um ensaio, uma tentativa de promover a Fimec. Não foi possível. O pós-carnaval provocou um tsunami de casos com milhares de pessoas morrendo pela doença.

 

Ao longo de 2021, os pavilhões da Fenac, tão acostumados com feiras e expositores, deram lugar à vacinação. A Fenac das feiras virou a Fenac da vacina, da proteção, da vida.

Agora, é um novo tempo. Com cuidados, sim, em razão da variante Ômicron, mas com milhões vacinados e bastante protegidos.

 

Marcando o reencontro do setor calçadista e coureiro, a 45ª edição da Fimec acontece num cenário positivo para o mercado calçadista. De 8 a 10 de março, na Fenac, em Novo Hamburgo, das 13 às 20 horas, o público vai se reencontrar com centenas e expositores. É uma feira de porte global, que reúne todos os setores da cadeia coureiro-calçadista em um só lugar.

 

Além de toda a área de exposição, projetos de experiência, moda e produção calçadista em tempo real como o Estúdio Fimec e a Fábrica Conceito também estão confirmados. Para unir o relacionamento com conteúdo, o Fórum Fimec promoverá debates importantes para o cenário atual do calçado no Brasil.

AVALIAÇÕES

 

A partir da retomada da economia em todo o planeta ao longo de 2021, o setor calçadista brasileiro - e toda a cadeia - observou alguns pontos positivos. Um deles foi a aceleração das exportações. Isso trouxe uma nova e animadora perspectiva aos produtores de calçados e seus fornecedores.

 

Diante da aproximação de mais uma Fimec, o Portal Martin Behrend procurou entidades e empresas expositoras para colher o sentimento pré-feira.

A questão que foi feita aos convidados desta reportagem foi: "Diante do cenário da economia brasileira e internacional, tanto no segundo semestre de 2021 como no começo de 2022, qual indicador, qual sinalização do mercado e da sinalização dos clientes representará uma Fimec positiva, de sucesso? "

 

Marlos Schmidt - Diretor Máquinas ERPS

Estamos com foco total, esforço das nossas equipes e setores para fazer uma grande feira, nos organizando para um retorno de excelência da nossa Fimec. Para nós, a Fimec merece planejamento dedicado, a cada fim de uma iniciamos o planejamento da outra. Nessa, em especial, tivemos vários desafios, pois não ter a feira em 2021 e o impedimento de viagens trouxe um descolamento dos nossos clientes, que precisa ser retomado. Nos destacamos exatamente pela proximidade que trabalhamos com os mercados.

Vamos estar com pelo menos cinco novidades em maquinas e tecnologias. Nossa expectativa, além de lançar e realizar as demonstrações das máquinas durante os três dias, é resgatar o relacionamento olho no olho, que consideramos tão relevante para produtos técnicos e tecnológicos. Lidamos com investimentos dos nossos clientes. Quanto mais assertivos forem na hora de modernizar suas empresas, mais demandas por fábricas e máquinas teremos, formando um círculo virtuoso de competitividade através da modernização fabril.

 

Ismael Arnold - Diretor comercial Colorgraf

Participar da feira representa uma boa oportunidade de posicionar a empresa no mercado. O projeto até é oneroso, mas no longo prazo, os resultados positivos compensam todo o esforço envolvido nessa estratégia de exposição.

Para nós, o principal benefício está em apresentar as novidades de uma forma diferenciada e criar um relacionamento com o cliente. Conhecer de perto a abordagem deles também ajuda a pensar com criatividade em planos de marketing que impulsionam as vendas diante da concorrência. Além de outras possibilidades, como a de conhecer profissionais da nossa área de atuação.

O valor agregado está na troca de ideias e de experiências que sempre movimentam o serviço baseado no perfil do mercado. Mesmo sabendo que as feiras têm diminuído muito em vários fatores: econômicos, visitação e oportunidades. Com a pandemia da Covid-19, mais incertezas foram provocadas em relação ao mercado econômico como um todo. No segundo semestre do ano passado, a economia melhorou em relação ao ano anterior e as previsões para 2022 são também de crescimento. Por isso, continuaremos apostando nesses eventos para ampliar negócios, networking e reforçar o plano de marketing.

Marcelo Garcia - diretor de negócios do Grupo FCC

O cenário atual já apresenta um aumento de demanda com foco na exportação. E as previsões são realmente otimistas para os produtores de calçado no Brasil, já que a exportação dobrou de um ano para o outro. Estamos vendo um espaço importante para crescimento principalmente para aquelas empresas que tem articulações rápidas para aumentar sua produtividade.

Neste sentido, a FCC tem o know how necessário para receber essa demanda e atender esse mercado com excelência. Usamos a ciência dos materiais para criar soluções inovadoras para o mercado calçadista e aproveitaremos a FIMEC para lançar um produto totalmente novo em nosso portfólio. Escolhemos a Fimec por ser o evento que reúne todo o cluster em um só lugar com o objetivo de impulsionar o setor. Entendemos que assim como a FCC, toda a cadeia está reunindo suas inovações para apresentar no evento e fazer dessa uma Fimec marcada pelo sucesso não só para 2022 mas como para os próximos anos.

 

André da Rocha - Diretor da Master

É a feira mais importante para a Master, pois é a mais representativa nos mercados em que atuamos, além de ser uma grande vitrine para exposição dos equipamentos e soluções com inovação. Ampliamos nossos espaços dentro da Fimec.

André Nodari - Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores de Couro, Calçados e Afins (Abrameq)

Tanto os curtumes quanto os fabricantes de calçados estão em um bom momento de negócios. Isto já vem de muitos meses, especialmente referente às exportações que estão em alta devido ao nível favorável do câmbio e da disrupção das cadeias produtivas globais causadas pela pandemia da COVID 19. Clientes da UE e dos USA estão ativamente procurando fornecedores fora da Ásia, e como Brasil é uma das melhores opções, já vemos a presença de muitos deles aqui.

Os fabricantes de máquinas para calçados e couro também têm experimentado um bom nível de negócios, e espera-se que este ano isto se mantenha. Tudo isto leva a crer que teremos uma Fimec bem mais otimista e, oxalá, mais visitada do que as dos últimos anos.

 

Haroldo Ferreira - Presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados)

A Fimec, por ser uma das principais feiras da indústria de base do mundo, funciona como um termômetro do setor calçadista brasileiro. Se existe maior demanda por calçado (a produção cresceu 6% em 2021 e deve crescer mais 3% no ano corrente), logo se tem uma maior necessidade de investimentos em maquinários, materiais e insumos para a produção em geral. Neste ano, estima-se que mais de R$ 1,3 bilhão será investido pelo setor calçadista nacional e parte desse já será realizado na própria Fimec.

Silvana Dilly - Superintendente da Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal)

A Fimec, assim como ocorrido no Inspiramais, feira de moda em componentes para calçados realizada em janeiro, deve confirmar o momento de recuperação do setor calçadista nacional. As expectativas, diante do incremento da demanda interna e também das exportações de componentes, são muito positivas para 2022.

Especificamente com relação ao mercado internacional, no primeiro mês do ano vimos as exportações de componentes crescerem 17% em relação a janeiro de 2021. No setor de calçados o incremento foi ainda maior, de 44%. Na Fimec, realizaremos mais uma edição do Projeto Comprador, unindo a oferta de fábricas de materiais às demandas de compradores dos principais mercados do mundo.

 

José Fernando Bello - Presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB)

Em geral, para todos os setores, o momento é muito positivo para feiras pois há uma vontade do reencontro. Vimos isso em todos os eventos presenciais em que estivemos nos últimos meses, como o Inspiramais, em Porto Alegre. As pessoas querem rever seus parceiros de negócios, querem saber dos novos produtos, entender o cenário de forma mais concreta. Isso acontecerá com certeza na Fimec.

Especificamente para o couro, a feira em Novo Hamburgo ocorre em um momento em que o setor está buscando investir ainda mais em tecnologia e sustentabilidade. No mercado, vemos uma valorização dos atributos do couro por parte dos clientes, o que também deve ocorrer na Fimec.

 

Paulo Griebeler - Presidente executivo do Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC)

São vários fatores que contribuem para que a gente tenha expectativas muito positivas em relação à Fimec 2022. Acredito que a própria retomada da economia no pós-pandemia, especialmente no setor de calçados, que sofreu muito e vem dando sinais claros de retomada nos últimos meses. Temos uma demanda reprimida por consumo que está sendo exercida agora, que as pessoas estão atuando mais no presencial, e que saíram para períodos de férias, depois de dois anos.

Mais uma vez, preciso salientar a questão da briga econômica entre China e Estados Unidos, que está contribuindo para que nossa indústria de calçados recupere espaços importantes para o calçado brasileiro na exportação. Temos notícias de muitas empresas brasileiras que estão tendo aumento de procura por calçados, e isto fica aumento interessante no número de serviços para fabricantes de calçados e de componentes que buscam a certificação de seus produtos em relação às regras de diferentes países importadores.

Dentro de todo este quadro positivo, acredito que as indústrias de calçados estarão em busca de novidades que as auxiliem a inovar e agilizar seus processos de produção.

E gostaria de chamar a atenção para a Fábrica Conceito, realizada pelo Instituto em parceria com Fenac e Coelho Consultoria Empresarial, onde estaremos apresentando lançamentos de inovações em insumos, gestão de processos, equipamentos e materiais para a indústria de calçados. A Fábrica Conceito é uma vitrine para as empresas que apresentam lançamentos, e uma fonte de informação para os visitantes da feira, que têm no nosso projeto um espaço para verificar o uso de todas estas novidades.

Marcio Jung - Diretor-presidente da Fenac

É a feira do momento! Ela proporcionará conhecimento e ferramentas importantes para os visitantes melhorarem sua produtividade e estarem prontos para atender essa demanda extraordinária que estamos tendo. Pensamos no público que trabalha com calçado e comparecerá à feira para se apropriar e para aproveitar o melhor momento do mercado calçadista”,

 

Mais algumas empresas e entidades foram convidadas para a reportagem, mas em razão do ritmo intenso de começo do ano e do período de férias os posicionamentos não vieram a tempo.

 

SERVIÇO

Evento: 45ª Fimec (Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes)

Data: 8 a 10 de março

Horário: 13 às 20 horas

Local: Fenac - Novo Hamburgo

Realização: Fenac Experiências Conectam

Patrocínio: Covestro, Sicredi Pioneira RS e Transduarte

Apoio: ABICALÇADOS, ABIACAV, ABQTIC, ABRAMEQ, ACI-NH/CB/EV, AICSUL, ASSINTECAL, CICB, FIERGS, IBTEC e SEBRAE/RS.

FONTE: Portal Martin Behrend


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