Empresários da América Latina e África compram tecnologia brasileira para couro e calçados
Na manhã desta quarta-feira (13), segundo dia de Fimec, feira realizada em Novo Hamburgo, a Abrameq, entidade apoiadora da vertical de Máquinas no Brazilian Materials, programa de apoio às exportações do setor mantido pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), reuniu fabricantes de máquinas para couro e calçados com compradores internacionais da Colômbia, Peru, México e Angola.
A Fimec estima receber mais de 20 mil visitantes, incluindo representantes de mais de 30 países e 25 estados brasileiros, continuando a tendência de forte presença estrangeira registrada em 2023.
Comprador de Angola escolheu o Brasil para compra de tecnologia
A presença de um comprador de uma fábrica de Angola foi uma das novidades desta edição. João Botelho é um português que no ano passado adquiriu uma fábrica de chinelos localizada em Luanda, capital angolana, que vende a sua produção no mercado interno.
O país africano não tem uma grande tradição calçadista, situação diferente de Portugal que está entre os fabricantes de sapatos de maior qualidade do mundo.
Botelho explica que veio ao Brasil para comprar novas máquinas por ter encontrado a melhor relação custo-benefício entre os fornecedores de tecnologia para calçados. Destacou que foram fatores importantes para a escolha de produtos do Brasil a identidade de língua, bons preços e principalmente a capacidade de fornecer tecnologias adaptadas às necessidades de seus clientes.
Interesse em investimentos dos calçadistas
“Depois de um 2022 excelente, o setor de máquinas para calçados, enfrentou dificuldades em 2023, ano em que havia bastante otimismo, que não se concretizou”, observou Rogério de Moura, da Mecsul, fabricante de tecnologia para o setor calçadista.
Mas as expectativas são de que neste ano haverá uma recuperação da indústria calçadista mundial, o que trará também uma demanda maior de investimentos para o setor. Rogério está vendo sinais desta recuperação nesta Fimec, com visitantes muito focados e mostrando real interesse em compra de máquinas para as suas empresas.
Presença dos maiores produtores de couro
Anderson Peck, diretor da Bremm Peck, empresa que fornece tecnologia para a indústria coureira, está bem satisfeito com a Fimec. Destacando que “estamos em um momento desafiador”, manifestou otimismo ao relatar que “já no primeiro dia de feira recebemos representantes das maiores empresas do setor coureiro do Brasil, que estão investindo em máquinas para couro, o que indica a perspectiva de que a indústria coureira brasileira deverá viver um momento de melhora ainda neste primeiro semestre”.
Observando que os curtumes ainda estão com estoques em suas empresas, Anderson salienta que há relatos de uma nova realidade com a redução destes estoques e com perspectiva de que o setor melhore as suas vendas. Diante disto, “estamos otimistas, acreditando que os contatos desenvolvidos durante a Fimec devem resultar em vendas”.
Sobre o Brazilian Materials
Os fabricantes brasileiros que integram o setor de componentes interessados em ampliar suas relações comerciais com o mercado externo têm a oportunidade de participar, assim como outras 300 empresas, do projeto Brazilian Materials, realizado pela Assintecal, ApexBrasil e Abrameq, que promove bom desempenho nas exportações e, consequentemente, do setor. O projeto possui soluções adequadas para cada nível de internacionalização, mantendo ao alcance das empresas ações de promoção comercial, inteligência, capacitação, entre outros. Para mais informações, entre em contato por meio do e-mail: relacionamento@abrameq܂com܂br.
Sobre a ApexBrasil
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, e visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira.
Fonte: Adroaldo Diesel Filho | Assessoria de Imprensa Abrameq